segunda-feira, 13 de maio de 2013

Organização Geográfica de Manaus


A divisão geográfica do Município de Manaus foi instituída no Decreto n. 2924, de 07 de agosto de 1995 e redimensionada pela Lei 283, de 12 de abril de 1995. Teve como base os estudos técnicos realizados pelo Instituto Municipal de Planejamento e Informática – IMPLAN.


A Região metropolitana de Manaus é a maior aglomeração urbana do Norte do Brasil e a décima-primeira maior do país, sendo ainda a 222ª mais populosa do mundo e possuindo a maior área territorial entre as regiões metropolitanas do globo.
Manaus divide-se em sete regiões: Norte, sul, centro-sul, leste, oeste, centro-oeste e a rural.

A cidade tem em torno de 420 áreas residenciais, abrangendo conjuntos, condomínios, invasões e loteamentos.

Zona Centro-Sul

Essa zona se caracteriza por possuir a melhor infraestrutura urbana. Nessa zona se concentram comércio e serviços, shoppings, agências bancárias, os maiores supermercados, redes de televisão, jornais, estádio de futebol, etc., consolidando a descentralização de vários segmentos da área central da cidade. Possui um alto valor de mercado e detém o maior número de empreendimentos imobiliários na atualidade, principalmente, nos bairros Nossa Senhora das Graças e Adrianópolis.


Zona Centro-Oeste

Com uma área aproximada de 1.897,55 ha, essa zona se caracteriza pela ocupação através de conjuntos habitacionais, tendo, portanto, boa organização espacial, sem muitos problemas de infraestrutura.

Essa região é ponto de encontro importante para o sistema de saúde, dada a localização do Hospital do Câncer e Instituto de Medicinal Tropical de Manaus, unidades-referência para todo o Estado.

A predominância do uso residencial com tipologia de ocupação diferenciada é característica marcante dessa área, uma vez que os bairros D. Pedro I, Planalto e o bairro da Paz têm o mesmo padrão habitacional, de população com nível de renda superior aos bairros Alvorada e Redenção.


Zona Oeste

A Zona Oeste se caracteriza pela ocupação espontânea, originada a partir do bairro São Raimundo, em 1940, tendo como exceção os bairros Ponta Negra e Tarumã, considerados nobres por sua paisagem e potencial turístico e ecológico, com loteamentos de alto padrão, mas ainda com grandes extensões desocupadas. 

O bairro São Jorge compreende uma grande área do Exército, concentrando a população dessa zona em aproximadamente 1/3 da área total, em ruas estreitas e acidentadas, mas com uma boa estrutura.


Zona Norte

Esta zona possui uma área aproximada de 7.620 ha, que compreende aglomerados implantados através de invasões, loteamentos clandestinos e do  bairro com a maior concentração da população da cidade - Cidade Nova (286.289 habitantes).

A infra-estrutura urbana dessa zona é considerada bem servida, entretanto, devido às áreas invadidas, apresentam problemas urbanos graves que vêm sendo tratados pela Administração Pública de forma a implantar os serviços básicos para os moradores nessa área.


Zona Sul

Essa zona é caracterizada por sua aproximação às margens dos igarapés, carentes de saneamento básico. Estas convivem com grandes centros de comércio e serviços, a exemplo do Centro, Cachoeirinha e Raiz, além do Distrito Industrial, que tem parte de sua área invadida no Igarapé do Quarenta.

Sua característica principal é a abrangência da origem da formação urbana - o Centro, com os prédios construídos no final do século passado e início deste, em torno de 500 unidades, inseridas em área denominada pela Lei Orgânica do Município de Centro Antigo Tombado, representante da época da exploração da borracha.


Zona Leste

Essa zona é caracterizada por invasões, evidenciando-se como a mais pobre da cidade e com graves problemas infraestruturais tornando o quadro geral com diagnóstico bastante delicado, com solução lenta e onerosa, e que tem sido alvo de intervenção permanente por parte dos governos estadual e municipal, além das concessionárias prestadoras de serviços públicos, a fim de estender àquela demanda os serviços urbanos básicos.

Pela disponibilidade de terra com baixo ou nenhum custo aos moradores, os bairros em geral, apresentam sistema viário desarticulado, caótico e com caixa viária insuficiente, dificultando o planejamento do sistema de transporte coletivo, serviço de coleta de lixo, bombeiros e segurança pública. A grande incidência de doenças é um dos problemas gerados pela insuficiência de urbanização atrelada ao rápido processo de crescimento urbano.


Tendência

Diante desses resultados, consideramos que o crescimento do espaço urbano de Manaus se concentrar em direção a Zona Norte da cidade. Essa tendência se deve a várias razões, dentre elas podemos afirmar que as zonas Sul, Centro-Sul e Centro-Oeste estão consolidados enquanto o espaço urbano em toda sua extensão.

A zona Leste apesar de possuir uma imensa área ainda não ocupada efetivamente, não dispõe mais de espaços, pois a área que pertence a Superintendência da Zona Franca de Manaus, representa aproximadamente 45% do total da Zona Leste.

A Zona Oeste que possui a maior área ainda não ocupada e é hoje um dos espaços de maior especulação imobiliária para futuros empreendimentos habitacionais de alto custo.

A Zona Centro-Sul tem a maior tendência de valorização devido a sua localização estratégica e sua infraestrutura que aumentam a sua concorrência.

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