quarta-feira, 22 de maio de 2013

Metro Quadrado em Manaus


O custo médio do metro quadrado construído no Amazonas fechou o mês de abril como 9º mais caro do País, segundo informações do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi).


Segundo o IBGE/AM, a região Norte tem a segunda maior média nacional, de R$ 882,52 o m². “Este custo é impulsionado pela questão logística, que envolve principalmente o transporte da mercadoria, e que onera seus preços”, relata Adjalma Nogueira supervisor do IBGE/AM. Esse problema também é explicado pelo presidente do Sinduscon-Am que responsabiliza a ausência de fábricas de produtos da construção civil. Segundo Eduardo Lopes: “Temos apenas uma fábrica de cimento e pagamos R$ 28 o saco, enquanto no restante do Brasil o valor fica entre R$ 16 e R$ 18. Roraima e Acre também sofrem do mesmo problema: não produzimos os materiais utilizados em obras, como a parte elétrica, as louças, cerâmicas, revestimentos, azulejos e pastilhas. Como precisamos importar tudo isso, a logística também encarece o custo final, pois estamos distante dos polos produtores”.

Na região Norte, o metro quadrado da construção no Amazonas é o quinto mais alto, ficando abaixo de Rondônia, Acre e Roraima, Tocantins e acima de Pará e Amapá (que apresentou o metro quadrado mais baixo da região, de R$ 852,24).

O presidente do Sinduscon destacou o fato do metro quadrado amazonense ser menor que o do Estado de Rondônia, que está interligado por estrada ao restante do País, contando, portanto, com uma logística melhor. “Isso deveria fazer com que os preços lá fossem menores. Acredito que a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau puxaram os preços pra cima”, arrisca Lopes.
Além do problema logístico, o crescimento no setor de construção civil nos últimos anos e a disputa de áreas para a implantação de novos empreendimentos residenciais contribuiu para o aumento dos preços de terrenos. Com essa variação no preço do metro quadrado, as áreas a serem edificadas de Manaus aparecem entre as mais valorizadas do país. Na capital, os especialistas em imóveis estimam que o valor cobrado pelo metro quadrado atinja até R$7.500.
De acordo com Frank Souza ex-presidente do Sindicato da Construção Civil do Amazonas (Sinduscom-Am), a área de preço mais elevado em Manaus fica situada no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul da capital. “O metro quadrado em Adrianópolis custa cerca de R$ 7.500 nos empreendimentos na região. Já na Ponta Negra, os preços no mercado variam em média de R$ 3.800 a R$ 5.600 (preço/m²). Entretanto, a média dos empreendimentos em várias áreas da capital é de 3.800 reais”.
Em Manaus as áreas mais valorizadas estão no Bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul da cidade. Os preços mais caros se encontram entre à Avenida Djalma Batista até às proximidades do Manauara Shopping. Essa zona se caracteriza por possuir a melhor infraestrutura urbana da cidade se concentrando comércio e serviços, shoppings, agências bancárias, os maiores supermercados, redes de televisão, jornais, estádio de futebol, etc., consolidando a descentralização de vários segmentos da área central da cidade. Logo em seguida vem o Bairro da Ponta Negra, na Zona Oeste considerado nobre por sua paisagem e potencial turístico e ecológico, com loteamentos de alto padrão, mas ainda com grandes extensões desocupadas. 
Outro fator que mais influência o aumento dos preços dos imóveis e terreno tem sido o desenvolvimento econômico e a  infraestrutura do bairro.
No ano passado, R$ 5,9 bilhões foram movimentados em Manaus apenas com as transações de bens imóveis. O atual mercado imobiliário promissor é avaliado pelos especialistas como ponto máximo alcançado. A tendência que vivemos é de equilíbrio nos preços na Região, podendo ainda ter um crescimento no valor do metro quadrado nas áreas de menor valor num prazo de até três anos. 




segunda-feira, 13 de maio de 2013

Organização Geográfica de Manaus


A divisão geográfica do Município de Manaus foi instituída no Decreto n. 2924, de 07 de agosto de 1995 e redimensionada pela Lei 283, de 12 de abril de 1995. Teve como base os estudos técnicos realizados pelo Instituto Municipal de Planejamento e Informática – IMPLAN.


A Região metropolitana de Manaus é a maior aglomeração urbana do Norte do Brasil e a décima-primeira maior do país, sendo ainda a 222ª mais populosa do mundo e possuindo a maior área territorial entre as regiões metropolitanas do globo.
Manaus divide-se em sete regiões: Norte, sul, centro-sul, leste, oeste, centro-oeste e a rural.

A cidade tem em torno de 420 áreas residenciais, abrangendo conjuntos, condomínios, invasões e loteamentos.

Zona Centro-Sul

Essa zona se caracteriza por possuir a melhor infraestrutura urbana. Nessa zona se concentram comércio e serviços, shoppings, agências bancárias, os maiores supermercados, redes de televisão, jornais, estádio de futebol, etc., consolidando a descentralização de vários segmentos da área central da cidade. Possui um alto valor de mercado e detém o maior número de empreendimentos imobiliários na atualidade, principalmente, nos bairros Nossa Senhora das Graças e Adrianópolis.


Zona Centro-Oeste

Com uma área aproximada de 1.897,55 ha, essa zona se caracteriza pela ocupação através de conjuntos habitacionais, tendo, portanto, boa organização espacial, sem muitos problemas de infraestrutura.

Essa região é ponto de encontro importante para o sistema de saúde, dada a localização do Hospital do Câncer e Instituto de Medicinal Tropical de Manaus, unidades-referência para todo o Estado.

A predominância do uso residencial com tipologia de ocupação diferenciada é característica marcante dessa área, uma vez que os bairros D. Pedro I, Planalto e o bairro da Paz têm o mesmo padrão habitacional, de população com nível de renda superior aos bairros Alvorada e Redenção.


Zona Oeste

A Zona Oeste se caracteriza pela ocupação espontânea, originada a partir do bairro São Raimundo, em 1940, tendo como exceção os bairros Ponta Negra e Tarumã, considerados nobres por sua paisagem e potencial turístico e ecológico, com loteamentos de alto padrão, mas ainda com grandes extensões desocupadas. 

O bairro São Jorge compreende uma grande área do Exército, concentrando a população dessa zona em aproximadamente 1/3 da área total, em ruas estreitas e acidentadas, mas com uma boa estrutura.


Zona Norte

Esta zona possui uma área aproximada de 7.620 ha, que compreende aglomerados implantados através de invasões, loteamentos clandestinos e do  bairro com a maior concentração da população da cidade - Cidade Nova (286.289 habitantes).

A infra-estrutura urbana dessa zona é considerada bem servida, entretanto, devido às áreas invadidas, apresentam problemas urbanos graves que vêm sendo tratados pela Administração Pública de forma a implantar os serviços básicos para os moradores nessa área.


Zona Sul

Essa zona é caracterizada por sua aproximação às margens dos igarapés, carentes de saneamento básico. Estas convivem com grandes centros de comércio e serviços, a exemplo do Centro, Cachoeirinha e Raiz, além do Distrito Industrial, que tem parte de sua área invadida no Igarapé do Quarenta.

Sua característica principal é a abrangência da origem da formação urbana - o Centro, com os prédios construídos no final do século passado e início deste, em torno de 500 unidades, inseridas em área denominada pela Lei Orgânica do Município de Centro Antigo Tombado, representante da época da exploração da borracha.


Zona Leste

Essa zona é caracterizada por invasões, evidenciando-se como a mais pobre da cidade e com graves problemas infraestruturais tornando o quadro geral com diagnóstico bastante delicado, com solução lenta e onerosa, e que tem sido alvo de intervenção permanente por parte dos governos estadual e municipal, além das concessionárias prestadoras de serviços públicos, a fim de estender àquela demanda os serviços urbanos básicos.

Pela disponibilidade de terra com baixo ou nenhum custo aos moradores, os bairros em geral, apresentam sistema viário desarticulado, caótico e com caixa viária insuficiente, dificultando o planejamento do sistema de transporte coletivo, serviço de coleta de lixo, bombeiros e segurança pública. A grande incidência de doenças é um dos problemas gerados pela insuficiência de urbanização atrelada ao rápido processo de crescimento urbano.


Tendência

Diante desses resultados, consideramos que o crescimento do espaço urbano de Manaus se concentrar em direção a Zona Norte da cidade. Essa tendência se deve a várias razões, dentre elas podemos afirmar que as zonas Sul, Centro-Sul e Centro-Oeste estão consolidados enquanto o espaço urbano em toda sua extensão.

A zona Leste apesar de possuir uma imensa área ainda não ocupada efetivamente, não dispõe mais de espaços, pois a área que pertence a Superintendência da Zona Franca de Manaus, representa aproximadamente 45% do total da Zona Leste.

A Zona Oeste que possui a maior área ainda não ocupada e é hoje um dos espaços de maior especulação imobiliária para futuros empreendimentos habitacionais de alto custo.

A Zona Centro-Sul tem a maior tendência de valorização devido a sua localização estratégica e sua infraestrutura que aumentam a sua concorrência.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Plano Diretor de Manaus




O Plano diretor é a ferramenta que define a política de desenvolvimento urbano do município para os próximos anos. Ele é a regra de todos os projetos de melhoria para os bairros, ruas, parques, pontes, bancos, postos de saúde e para o bom funcionamento da cidade. Para que esse crescimento seja planejado e que realmente atenda todas as necessidades da população, ele deverá ser elaborado pela sociedade em conjunto com a Câmara Municipal e a Prefeitura.

A atualização desse Plano Diretor está em andamento desde 2009 e no último dia 30, ele deveria ter sido apresentado a Câmara Municipal para votação. Mas, essa apresentação foi prorrogada por 90 dias pelo Ministério Público depois que o promotor de urbanismo Angelo Balbi questionou a qualidade das audiências. Segundo ele as reuniões não tiveram a publicidade devida, o que ocasionou pouca participação popular, resultando na prorrogação do prazo para que sejam realizadas novas audiências públicas.

O envolvimento da sociedade neste projeto é importantíssimo. Essa é uma das poucas chances em que podemos definir como será utilizado o dinheiro público. Devemos nos conscientizar e sermos mais presentes nas próximas reuniões fiscalizando e contribuindo para a criação de um projeto eficaz e justo.

Durante a última semana, o Anteprojeto do Plano Diretor de Manaus foi disponibilizado a sociedade pela Prefeitura. Estamos disponibilizando-o para que tomemos conhecimento, pois, não há democracia sem informação


Convocamos a todos, para unidos, construirmos uma cidade melhor.