Há duas semanas estamos vivendo a maior polêmica do Plano
Diretor de Manaus. Entre denúncia de extorsão e a rejeição por parte da Câmara
Municipal de Manaus da proposta de elevação do gabarito para 25 andares, quem
resolveu interferir nesse assunto foi o Prefeito Arthur Neto, que convocou uma
reunião com sua base aliada para atender a reivindicação do setor de construção
civil contrariando a votação realizada no último dia 18 de novembro.
Deixando de lado os diferentes interesses políticos, econômicos
e pessoais, segue nosso ponto de vista:
Somos completamente favoráveis ao crescimento vertical de
Manaus. Estamos rotineiramente acompanhando as constantes invasões e notícias
sobre o crescimento desorganizado da cidade, o que agrava ainda mais todos os
problemas públicos.
A verticalização é um ótimo meio para combater esse mau costume.
Hoje os maiores problemas que temos são de segurança, saúde, educação
e saneamento básico que pioram proporcionalmente em relação à distância do bairro
com a região central da cidade.
O que defendemos é que a concentração da população em uma área
territorial menor, diminuiria os custos de administração e incentivaria o desenvolvimento
e melhoria dos serviços públicos facilitando que todos tenham acesso aos
mesmos serviços independente das diferenças sociais.
O principal argumento utilizado contra essa ideia seria a do
aumento no fluxo de veículos que dificultaria a circulação. A saída para
resolver este problema seria o incentivo a utilização do transporte coletivo,
que deverá ser alvo de investimento para melhorar sua qualidade e eficiência atendendo de forma digna a sociedade.
Quanto à elevação do gabarito para 25 andares dos prédios,
somos totalmente contra, já que essa teoria camufla sob a bandeira de
desenvolvimento social, o real interesse, que é o aumento dos lucros por parte
das grandes empresas de construção civil. Lucro justificado, pelo crescimento
do número de unidades construídas e comercializadas nos terrenos localizados em
bairros de alto padrão como Ponta Negra, Vieira Alves, Adrianópolis, Morada do
Sol e Parque 10, que contribuiriam para a marginalização de grande parte da população.
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